EDITORIAL ABM.BR - 29/06/2016:
Sem o incentivo de ler bons livros, escutar boas músicas e sem atividades culturais de alto nível, aos poucos o Brasil foi tornando a sua cultura uma obra do estado, como se fosse responsabilidade dos políticos definir o critério de qualidade do que deveríamos ouvir, ler ou apreciar.
O corolário dessa história triste foi a operação Boca Livre da Polícia Federal que foi atrás de quadrilhas que fraudavam a lei Rouanet há 15 anos.
Chegamos a ponto de bancarmos show de sertanejo no casamento de amigos de políticos e artistas. Tudo isso usando o dinheiro que deveria ir para o pagamento de impostos.
Com governo patrocinando pagodes, música sertaneja e funk, cujas letras estimulam apenas sensações de prazer, o Brasil segue alimentando de trevas sua própria ignorância. Não se faz mais música que faça pensar neste país.
E baixa cultura leva à escravização de um povo.
É necessário despertar para essa consciência crítica e perceber que a nossa ignorância, nossa pobreza, nossa violência e a má qualidade de nossos representantes está diretamente ligada à nossa falta de cultura.
Isso leva à falta de noção e de liberdade.
O desconhecimento da história dos comunistas da Europa oriental e na Ásia é a única justificativa para termos jovens militantes dessa ideologia no Brasil de hoje. Do contrário, o que justificaria termos tantos estudantes defendendo ideologias assassinas, corruptas e fratricidas?
Caso aprendessem sobre como socialistas chegaram ao poder por eleições em diversos países, para depois não mais saírem cometendo crimes e sendo corruptos, jamais teríamos tanta gente apoiando o PT como tivemos. O exemplo do passado é claro sinal de repetição do futuro.
Quanto mais livros, mais pessoas livres. E com mais livres no Brasil, teríamos a oportunidade de conseguirmos aprovar as 10 medidas, o fim do foro privilegiado e o impeachment, a Escola sem Partido e a punição a todos os envolvidos na Lava Jato.
O fim de nossa ignorância será o começo do fim de nossa impunidade.
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