quinta-feira, 21 de setembro de 2017

A Cartilha de Antônio Gramsci

A Cartilha de Antônio Gramsci

Realizar a transformação intelectual e moral da sociedade pelo abandono de suas tradições, usos e costumes, mudando valores culturais de forma progressiva e contínua, introduzindo novos conceitos que, absorvidos pelas pessoas, criam o «senso comum modificado», gerando uma consciência homogênea construída com sutileza e sem aparente conteúdo ideológico, buscando a identificação com os anseios e necessidades não atendidas pelo poder público.

Assim é estabelecido o desejo de mudança em direção a um mundo novo, com a sociedade controlada através dos mecanismos de uma «democracia popular», onde os pensadores livres, temendo o rótulo de retrógrados ou alienados, se submetem a uma prisão sem grades calando a voz de divergência existente dentro de si e se deixam, assim, vencer pelo «senso comum modificado». Este prossegue intoxicando a sociedade, sob a égide do Estado, usado para reduzir e suprimir a capacidade de reação individual e coletiva.


Por Manoel Soriano Neto Historiador Militar Membro da AHIMTB - msorianoneto@hotmail.com

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

A Revolução Farroupilha e a Maçonaria

A Revolução Farroupilha: Decênio de 1835 a 1845


Sem nenhuma dúvida, os fatos que determinaram a indicação da data do Dia do Maçom Nacional e da Independência do Brasil, comprovam que a Maçonaria sempre funcionou como uma oficina de formação intelectual, de tomar a defesa dos interesses sociais e, algumas vezes, a iniciativa de planos políticos. Portanto, as questões não resolvidas e que incomodam, são objeto de debate, interiormente, dentro do indefinido domínio do conhecimento, até se encontrar uma solução. Portanto, ainda que o assunto seja alvo de controvérsias, não se pode negar a participação da Maçonaria ou de Maçons na Revolução Farroupilha.

Foto: Guilherme Litran, Carga de cavalaria Farroupilha, acervo do Museu Júlio de Castilhos

Aliás, sobre a evidência revelada, veja-se o constante da obra traduzida pelo Irmão Marista Elvo Clemente:
O italiano Luigi Nascimbene, doutor em física matemática, engenheiro, arquiteto hidráulico, foi daqueles que aderiu ao movimento “Giovine Itália”, de Mazzini, com o qual se envolveu em uma conspiração Maçônica-Carbonária que, descoberta, por volta de 1830, obrigou-se a abandonar a península itálica1.
Ligado à Maçonaria – de vez que trouxe da Inglaterra uma carta de recomendação a Rivadavia {...} em Buenos Aires {...} passando a Montevidéu, cidade em que vivia o irmão médico, {...} se crê que a única visita feita por San Martin a Montevidéu haja sido para um encontro com Nascimbene, que se credenciaria, na ocasião, como o representante supremo da Maçonaria na América do Sul. Se assim efetivamente foi, é de se admitir que o empréstimo feito à República, ou as armas a ela fornecidas, tenha sido em representação da Maçonaria {...}2
Esses atos – somente do tempo em que mereceram publicidade em “O Povo”, convém frisar – estão contidos nos seguintes números do periódico: {...} n.º 21, p. 2: portaria ordenando à autoridades do Estado que prestem a Nascimbene a mais franca cooperação e auxílio “para bem desempenhar a comissão de que vai investido”, assim como ofícios aos comandantes gerais da polícia das Missões e de Alegrete, recomendando-lhes “auxiliem-no em tudo ao seu alcance, a bem do desempenho da  comissão de que vai incumbido pelo governo”; {...}3
Em uma obra de quatro volumes, com mapas e ilustrações, encontrada na biblioteca da Universidade de Pavia-It, escrita em italiano, em manuscrito, sob o título Tentativa de Independência do Estado do Rio Grande do Sul do Império do Brasil, segundo o Tradutor Irmão Elvo Clemente, existe narrativa por quem viveu muitos dos acontecimentos da Revolução Farroupilha. No prefácio do livro traduzido, consta que se trata da memória de alguém aparentemente “neutro” em relação aos conflitos que descreve. Desta obra extraímos o seguinte:
Luigi Nascimbene, em seu Livro III, Capítulo II, narra que à vista da cidade de Porto Alegre, mas na margem oposta do rio, a duas léguas mais abaixo surge o vasto estabelecimento de campo chamado de Pedras Brancas (atual cidade de Guaíba) Casa do benemérito patriota Gomes Jardim, {...} lá foram os conspiradores e no dia 15 de agosto fixaram o lugar e a hora da reunião4.
Ainda, sob o título “Ato assinado pelos conspiradores”, esclarece que: Produziram um manifesto, e assinaram: Bento Gonçalves da Silva, o Conde Lívio de Zambecari, José Gomes de Vasconcelos Jardim, José Carlos Pinto, Francisco Modesto Franco, Pedro Antunes, Manuel Macedo da Silveira. Apenas firmado, compareceu a passos lentos o Venerável Vicente Ferreira Leitão, quase octogenário, e com a mente e o corpo cansado pelo caminho, foi-lhe embrulhado e depositado debaixo daquela pedra colossal, que com a força rolou e caiu, repelindo aquele testemunho, e que lá se encontra ainda hoje (o negrito é nosso).
Ante a clareza da narrativa dos fatos, em particular, até mesmo pelo título atribuído ao octogenário, como autoridade máxima de uma Loja Maçônica, os Maçons estiveram presentes na ação heroica e, de alguma forma, contribuíram para os efeitos do referido movimento revolucionário.
Tal circunstância, autoriza, e, ao mesmo tempo, requer se relate que: em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, a 2.ª Loja Maçônica em antiguidade, é a “Fidelidade e Firmeza”, fundada em 1833, subordinada ao Grande Oriente do Passeio5, do senador Nicolau Vergueiro[6].
O mesmo historiador transcrito no rodapé, em nota, conta que, segundo os registros oficiais, a Maçonaria em Pelotas começou com a “Harmonia RioGrandense”, em 18417.
Logo, a história nos mostra que o surgimento das Lojas Maçônicas no Rio Grande do Sul inicia precisamente no período do levante. Por isso que é verdadeiro o assentamento feito por Antônio Augusto Fagundes sobre a agremiação de Maçons em oficinas de trabalhos denominadas Triângulos. Veja-se o registro:
Na Europa, muitos argentinos se iniciaram na Maçonaria. Entre eles José de San Martin e Carlos Alvear, que logo serão próceres importantes no sul da América. De regresso à Argentina, fundaram em Buenos Aires a Logia Lautaro que foi a madre de muitas Lojas Maçônicas do Prata. Em Porto Alegre se organizam Triângulos e Lojas sob o disfarce de Gabinetes de Leitura que se espalham também em Rio Pardo, Pelotas e Rio Grande. Bento Gonçalves da Silva e muitos liberais (e alguns conservadores também) eram Maçons e isso foi decisivo para o 20 de setembro – como aliás, foi decisivo também em muitos acontecimentos durante o Decênio Heroico e até na Paz de Ponche Verde. Claro, os Maçons trabalham em silêncio e seus documentos são secretos. Muitos desses documentos se perderam ou foram ocultados e pouco emerge de seu conteúdo {...}8.
Em síntese, os fatos conhecidos que se apresentam nos livros de história restringem-se aos antes expendidos, obviamente, em especificidade quanto a atuação dos Maçons e a formulação de conceitos acerca de terem se posto em concordância nas ideias da Revolução.
Entretanto, como a matéria envolve registro de acontecimentos que se efetivaram durante uma década, e que são de grandes dimensões, a respeito das principais causas da revolta e dos detalhes quanto: I) os antecedentes; II) a luta armada; III) as efemérides da grande revolução; IV) a proclamação da República Rio-grandense; V) os homens ilustres que a história indica para a “Galeria Farroupilha”; VI) os presidentes e ministros do período revolucionário; VII) as negociações; VIII) o Tratado de Ponche Verde; são temas, incluindo outros de escolha pessoal, que inspiram a sugerir se consulte as seguintes Obras:
·       FAGUNDES, Antônio Augusto. Revolução Farroupilha. Martins Livreiro Editora. 3.ª ed. Porto Alegre. 2008. FAGUNDES, Morivalde Calvet. Revelações da história da maçonaria gaúcha e demais Livros a respeito.
·       FLORES, Moacyr. A Revolução Farroupilha. Editora da Universidade, 1ª ed. Porto Alegre. 1990.
·       NASCIMBENE, Luigi. Tentativa de Independência do Estado do Rio Grande do Sul do Império do Brasil. Tradução de Irmão Elvo Clemente. Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas – CORAG. Porto Alegre. 2002.
·       SPALDING, Walter. A Revolução Farroupilha, Editora Universidade de Brasília. 3.ª ed. Brasília. 1982.
·       ZATTI, Carlos. Nas Restevas do Gauchismo. Departamento de Imprensa Oficial do Estado. Curitiba. 1994. E, resumidamente no site https: //pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_dos_Farrapos.
De qualquer maneira, evidente é a conclusão, quando a leitura é cuidadosa e refletida, que a presença e a disposição de espírito dos Maçons, perante a Revolução Farroupilha, não foi fundamental e nem decisiva, diante da complexidade das causas, das aspirações, e da realidade social no Rio Grande do Sul, tanto antes, quanto durante o Decênio Heroico, mas, a ilação firma definitivamente que influenciou no despertar do movimento, sob a correlação dos antigos ideais do “iluminismo” e na mais recente concepção filosófica, ou ideia, surgida à mente do sábio Rousseau, em seu “Contrato Social”, com a qual propôs que todos homens deviam ter a oportunidade de fazer a coisa certa. Assim, por sua liderança natural, supõe-se ser a razão de vários Maçons terem participado da mais duradoura revolta contra o Império do Brasil.
Por esse interessante motivo é que muitas Lojas Maçônicas reverenciam a memória dos Maçons gaúchos que cumpriram com essa importante missão, unidos pelo fraternal espírito de Liberdade, Igualdade e Humanidade, que se constitui no lema dos revolucionários de 1835, que, sob o Pavilhão Tricolor, composto das três faixas nas cores verde, vermelha e amarela, pretendiam criar um Brasil republicano e federativo.
Porto Alegre, 15 de setembro de 2.015.
Luiz Fachin
CIM. 178981
GOB/RS


[1] NASCIMBENE, Luigi. Tentativa de Independência do Estado do Rio Grande do Sul do Império do Brasil. Tradução de Irmão Elvo Clemente. Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas - CORAG. Porto Alegre. 2002. p. 7
[2] Ibid. p. 31.
[3] Id. p. 32.
[4] Id. p. 92.
[5] FAGUNDES, Morivalde Calvet. Rocha Negra – A Legendária, 1.ª ed. A Trolha, Londrina-Pr. 1989. p. 17.
[6] Ibid. p. 13.
[7] Id. p. 17.
[8] FAGUNDES, Antônio Augusto. Revolução Farroupilha. Martins Livreiro Editora. 3.ª ed. Porto Alegre. 2008

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Revogação da lei que institui Paulo Freire patrono da educação brasileira (lei 12612)

Revogação da lei 12612 que institui 
Paulo Freire patrono da educação brasileira 

Paulo Freire é considerado filosofo de esquerda e seu método de educação se baseia na luta de classes, o sócio construtivismo é a materialização do marxismo cultural, os resultados são catastróficos e tal método já demonstrou em todas as avaliações internacionais que é um fracasso retumbante.


O professor Pierluigi Piazzi ja alertava para o fracasso do método e vemos na pratica o declínio da educação brasileira, não é possível manter como patrono da nossa educação o responsável pelo método que levou a educação brasileira para o buraco.

Veja o que pensa o professor Olavo de Carvalho. 



Ao receber 20.000 apoios, a ideia se tornará uma Sugestão Legislativa e será debatida pelos Senadores.

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Revogação do Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03) - Consulta Pública

ESTATUTO DO DESARMAMENTO CIVIL



O projeto apresentado pelo senador Wilder Morais (PP-GO) propõe a realização de um plebiscito, junto com as eleições gerais do ano que vem, para que a população se manifeste sobre a liberação do porte de armas de fogo para cidadãos residentes em áreas rurais e a revogação do Estatuto do Desarmamento e sua substituição por um instrumento normativo que assegure o porte desse tipo de arma pessoas que preencham determinadas regras.

Segundo o autor do projeto, mais de dez anos após a promulgação do Estatuto do Desarmamento, não há dados objetivos que indiquem redução dos índices de violência. “Pelo contrário, desde a entrada em vigor daquela Lei, o número total de homicídios no Brasil aumentou 20%, atingindo a preocupante marca de 60 mil assassinatos por ano”, argumentou o autor da proposta.

A Segunda Emenda à Constituição dos Estados Unidos protege o direito do povo de manter e portar armas, estabelece textualmente, que:

Sendo necessária à segurança de um Estado livre a existência de uma milícia bem organizada, o direito do povo de possuir e usar armas não poderá ser infringido.


quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Independência ou Morte e a Maçonaria

Independência ou Morte  


                “Ano a ano, em setembro, nós do Brasil, nos lembramos das lutas desenvolvidas por Maçons como Gonçalves Ledo, José Bonifácio de Andrada e Silva, que culminaram com a Independência de nossa Pátria, a sete de setembro de 1822”.

            Falar em 7 de setembro de 1822, é falar na Maçonaria, é falar no passado, é falar no desprendimento, na abnegação, no trabalho fecundo, silencioso, porem sempre altruístico de todos quanto no passado como no presente, tiveram e leem a ventura de pertencer a tão sublime e nobre instituição.

            A Maçonaria, cuja origem se encontra a um passado pré-histórico, surgiu com os primeiros anseios do homem, com seus primeiros ideais de Liberdade, com as suas primeiras reivindicações de consciência.

            Lutou sempre a Maçonaria por estes ideais, de viseira erguida, com desassombro, com desprendimento, com altivez.

            No Brasil, no final do século 18 em Minas Gerais, onde o sentimento de liberdade tomava vulto, já os sonhadores de uma Pátria livre cresciam, agitavam-se, espargindo a semente do desprendimento, do heroísmo, do sacrifício, fazendo crescer e fervilhar no íntimo de cada brasileiro a chama do progresso, o sentimento de Liberdade, o Idealismo de um Brasil maior, mais rico, mais desenvolvido, sobretudo mais Independente.

            E, a mocidade, que foi sempre em todos os países, em todas as causas justas, nobres e arrojadas, a vanguardeira indomável, a mocidade. Repito, coube um papel importante nos fatos históricos da nossa extremada Pátria.

            Estudando nas Universidades de Coimbra e de Montpelier viam-se jovens estudantes brasileiros ávidos de saber, plasmando seus caracteres nos turbilhões de um mundo sedento de liberdade, tendo exemplos edificantes nos fatos que então se desenrolavam, e tiveram alguns, anos depois, papeis transcendentes no nosso principal movimento históricos.

            Como não poderia deixar de ser, acompanhando de perto sentindo mais diretamente os acontecimentos, os jovens estudantes acalentavam, sonhavam poder um dia trabalhar pelo engrandecimento da Pátria, livrando-a da miséria que vivia, sendo tão rica.

            A ideia de seguirem o exemplo de outros povos faz com que os mais arrojados, os altivos, os mais desprendidos se unam para, com um só bloco, uma só cabeça, agirem no momento preciso.

            Já então pairava em todo o Brasil o espírito de revolta contra a prepotência, contra os desmandos, avolumando-se o desejo de emancipação a ideia de Independência.

            O Governo de metrópole fazendo-se surdo aos reclamos dos brasileiros, não compreendendo ou não querendo compreender, tomava medidas cada vez mais drásticas contra os que sonhavam com a Liberdade, por um Brasil maior.

            O sentimento de Independência avolumava-se cada vez mais.
            Inicialmente, em Minas Gerais, grandes números de homens notáveis de espíritos esclarecidos, de desprendimento incomensurável, associavam-se, reuniam-se para, com coragem, resolução e estoicismo, atirarem-se a luta.

            E três grandes homens, três poetas, três patriotas reuniram-se para levar avante seus sonhos de moços, seus ideais sacrossantos.
            Foram eles: Cláudio Manuel da Costa. Tomaz Antônio Gonzaga e Inácio José de Alvarenga Peixoto.

            A essa tríade de poetas, sonhadores, de homens de valor, aliou-se Barbara Heliodóra, esposa de Alvarenga Peixoto – Gloria e orgulho de mulher Brasileira.

            Aqueles vultos juntaram-se Dr. Domingos Vital Barbosa – Tem. Cel. Domingos de Abreu Vieira, os padres Manuel Rodrigues da Costa, José da Silva de Oliveira Rolim, Carlos Correia de Toledo e Melo. Cônego Luiz Vieira da Silva, Alferes de cavalaria Joaquim José da Silva Xavier o Tiradentes – figura central, homérica, altiva, máscula e singular.

            Posteriormente, pode a conspiração – graças aos trabalhos e habilidades de Tiradentes contar com o concurso do Cel. Francisco de Paula Freire de Andrade, chefe da força pública, em cuja residência foram modificados os anos do levante. Também conseguindo a participação do Dr. José Alves Maciel numa de suas viagens ao Rio de Janeiro.

            O Visconde de Barbacena, encarregado da Fazenda Real, fora à Minas com ordens de arrecadar todas as dívidas em atraso, e diante de sua atitude intempestiva, sua falta de habilidade, cada vez mais aumentava a revolta contra a Metrópole.

            Com o aumento da revolta crescia o número de adeptos à causa da liberdade sonhada por esta plêiade de heróis, que a Pátria guardará sempre como um farol, um marco inicial de brasilidade.

            Mas, como em todas as ocasiões, em todos os movimentos há sempre uma figura indigna, um ser desprezível, um traidor, em suma este apareceu e foi como bem sabemos Joaquim Silvério dos Reis de triste memória.

            Tiradentes, descoberta a revolta, procurou inocentar seus companheiros, assumindo inteiramente a responsabilidade de todas as tramas. O que aconteceu em seguida, a Tiradentes todos nós sabemos, aos demais conspiradores foram prolatadas sentenças que variavam de acordo com a vontade dos “Senhores Lobos Poderosos” de então.

            Nobres atitudes, Belos Desprendimentos, Heroicos Brasileiros.
            Há depois no Rio de Janeiro em 1794, outra Inconfidência, porém de maior importância, que mesmo assim levou à masmorra Silva Alvarenga, Maricá e outros.

            Poucos anos mais tarde, 1798 na Bahia, pouco conhecido movimento, a Inconfidência Baiana, encontrou adeptos que pagaram com a vida aos seus sonhos – os seus desejos de Liberdade, conforme se verifica pelas preciosas coleções de manuscritos originais existentes na Biblioteca Pública do Rio de Janeiro. Lendo este movimento sido idealizado e desenvolvido dentro da Loja Maçônica “Cavalheiros da Luz”.

            Assim surgiu o Areópago, as academias – “Oficinas”. “Universidades”, não eram mais que sociedades maçônicas, ou intimamente ligadas à Maçonaria.

            Com toda a perseguição, precisaríamos de no mínimo (uma) hora para descrever os movimentos em prol a Liberdade. A Maçonaria precisava levar avante a sua intenção e necessário se tornava procurar um ponto de apoio mais, pra a sua propaganda. Joaquim Gonçalves Ledo procurou e consegue levar José Bonifácio de Andrade e Silva para dentro da Maçonaria.

            Com a fundação da Loja “Comércio e Artes” cogitavam os Maçons fundar um Grande Oriente Maçom, o que conseguem em 28 de maio de 1822 numa assembleia presidida por Mendes Viana, sendo então seu primeiro Grão Mestre José Bonifácio de Andrade e Silva, 1º Vig\ Joaquim Gonçalves Ledo e Grande Orador o Cônego Januário da Cunha Barbosa.

            Os movimentos continuaram com estes na linha de frente.

            Destacados os emissários para serem os portadores dos despachos a “Sua Alteza Real” seguem rapidamente ao encontro de Dr. Pedro e, de conformidade com o que diz a história “as quatro e meia horas da tarde” do belíssimo sábado, de 07 de setembro encontram-no às margens do Ipiranga, fazendo-lhe entrega da correspondência.

            Lê o príncipe os despachos, inclusive carta de José Bonifácio.

            Sente-se que ele experimenta súbita e estranha emoção.

            Depois calmamente, entrega as cartas a seu ajudante, e diz a meia voz:

            “Tanto sacrifício feito por mim, e pelo Brasil inteiro e não cessam de cavar a nossa ruína”... E, num momento de alma.

            “É preciso acabar com isto”...

            Arranca a espada e grita:

            “Independência ou Morte”, como se gritasse ali para o Brasil Inteiro.

            A Maçonaria não é uma religião, é uma escola de moral. E, expressão elevada de moral, é o símbolo da pedra bruta, onde desbastamos as asperezas do nosso eu.

            Agir com prudência, vigiar-se a si próprio, jamais fraquejar, sempre dominar-se, nunca ser dominado, guardar intactas as convicções hauridas – no estudo, na observação, no livre exame de todas as questões, não é problema fácil mesmo dentro do relativo de nossa precária e acidentada existência.

            Partidária do livre exame, admitindo que as verdades de hoje sejam os erros de amanhã, que é necessário acompanhar a ascensão do progresso humano, sempre visando a crescente dignificação da personalidade humana pelo estudo e pelo trabalho, é a Maçonaria opositora de exclusivismo, adversária do despotismo, inimiga jurada das Tiranias.

            Hoje como ontem, amanhã como hoje, a Maçonaria trabalha sempre, sem desfalecimento, sem tristezas, por um Brasil mais forte, mais unido, mais coeso.

            O trabalho dos antigos Maçons foi imenso! Legaram-nos uma Pátria livre e independente e, hoje, com os olhos fitos no futuro, pedimos sempre ao G\A\D\U\, que nos guie e ilumine no sentindo de não desmerecermos do passado glorioso que nos foi legado e que nossos filhos possam orgulhar-se do legado que lhes deixarmos.

            No presente, como no passado, efetivamente assim foi o procedimento da Maçonaria tanto que lhe cabe a Glória de ter fundado a Nacionalidade de um dos maiores Países do Mundo. O nosso amado e glorioso Brasil.

            “Ano a ano, em setembro, nós do Brasil, somos Lembrados das lutas desenvolvidas por Maçons como Gonçalves Ledo, José Bonifácio, e que culminaram com a Independência de nossa Pátria a sete de Setembro de 1822”.


Por (Milo Bazaga - GLMMG – REAA)
           
            Bibliografia:
            A Maçonaria na Independência do Brasil, de Manuel Rodrigues Ferreira.
            A Maçonaria e a Independência do Brasil. A. Tenório D’Albuquerque.

            Manual do Mestre Maçom de M. Gomes - P\G\M\ - Editora Aurora.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Um ano sem Dilma!!!!

Um ano sem Dilma!!!!
Por: Alexandre Moroso


Eu nem lembrava mais da Dilma. Aliás, que bom né, afinal ninguém gosta de lembrar de coisas ruins. Um ano atrás o senado mandava para casa aquela que foi, sem dúvida, a pior presidente que o Brasil já teve. Pior em todos os sentidos. Pior em números, pior na economia, pior na política, pior, pior, pior. E foi pra casa porque incorreu em improbidades que lhe tiraram o mandato. Não, não houve golpe.
E como tudo dela era pior, não poderia também ter deixado pior sucessor. Sim, sim Petistas… não reclamem, quem deixou esse sucessor foram vocês. Quem escolheu o vice de Dilma foi ela mesma. Não?? Bom… eu que não fui…
Ao mesmo tempo que Temer faz um governo sob o ponto de vista econômico, muito melhor que o de Dilma, sob o ponto de vista político mostra que, não por nada, ele era o vice dela.
Mas nada deixa saudades? Pra falar bem a verdade, eu dava muita rizada com as baboseiras que ela falava. Era a “presidenta” ter a oportunidade de pegar em um microfone que vinha uma tonelada de piadas. O famoso “rir para não chorar”. Dentifrícios, estoque de vento, a “mosquita”, quatro pra treze dá sete, não vamos por uma meta mas quando atingir a meta a gente dobra a meta, saudando a mandioca, mulheres sapiens, engasguei comiga mesma, entronização, entre tantas outras homéricas gafes.  Meu Deus, ela era a presidente do Brasil!!!!!
Enquanto Dilma se foi, levando com ela o plano mais sórdido de poder que o Brasil já teve, Temer entrou e mostrou que a corrupção do PT era também do PMDB, do PSDB, do PP, de todos “Pes”.
Para mim, o melhor do impeachment de Dilma foi a ruptura política que ele provocou. A entrada de Temer, entendida pelo PT e seus aliados como golpe, desestabilizou os conchavos políticos que cozinhavam a corrupção em um grande panelão, mexido por todos juntos. Essa ruptura enfraqueceu estes partidos que durante muitos anos compactuaram das mesmas tramas para se manterem no poder e dele tirar todo o proveito possível, lícita e ilicitamente.
Que este ano sem Dilma nos leve a uma reflexão do quanto a política precisa da participação e da fiscalização popular para não chegar a estremos tão maléficos como os que temos provado nos últimos anos. Que este ano sem Dilma nos proponha uma renovação total na política e sirva como um chamamento ao povo para a vida política do Brasil.