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quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

CARTA ABERTA DO INSTITUTO AVANÇA BRASIL AOS LÍDERES DA MAÇONARIA REGULAR DO BRASIL

 Brasília, 5 de dezembro de 2022

Simón Bolívar é considerado por alguns países da 
América Latina como um herói, visionário, 
revolucionário e libertador.


CARTA ABERTA DO INSTITUTO AVANÇA BRASIL AOS LÍDERES DA MAÇONARIA REGULAR DO BRASIL


Sereníssimos Grãos Mestres,

O Instituto Avança Brasil foi criado por Maçons brasileiros que buscam ter uma agenda séria contra a tirania, contra a injustiça, pela prosperidade, pela liberdade e pela estabilidade jurídica em nosso país. Defendemos o estado de direito, o império das leis, como base e sustentação da democracia no Brasil hoje ameaçada por ações de agentes do Estado que impõem, em nome da defesa da democracia, um verdadeiro estado de exceção.

Segundo Aristóteles, “é mais adequado que a lei deve governar do que qualquer um dos cidadãos: sobre o mesmo princípio, se é vantajoso colocar o poder supremo em algumas pessoas, eles devem ser nomeados para ser apenas guardiões e servos das leis”.

Nós prezamos pela nossa Constituição Federal. Ela instituiu o princípio da harmonia e independência entre os poderes. A sociedade civil organizada não governa, não legisla, não julga.

No entanto, ela é a fonte real de poder que institui todos os demais poderes.

Lamentamos constatar que o sistema de freios e contrapesos não estão funcionando, colocando o nosso País sob o manto da tirania.

Harmonia não é conluio, muito menos omissão. Independência não é intromissão. Autoridade legítima não é a utilização de poder usurpado de outros poderes da República.

Vemos hoje a omissão dos presidentes das casas legislativas no Congresso Federal. Eles não cumprem o seu papel constitucional para frear a invasão de competências promovida pelo poder judiciário.

A sociedade civil organizada, por definição, não é governo nem agente do Estado. Mas é a ela que todos os agentes do Estado devem prestar contas, respeitando a Constituição Federal e não, interpretando-a de acordo com a visão política de seus membros.

A Maçonaria teve e tem um papel importante na construção da sociedade livre, influenciando na formação de cidadãos livres e de bons costumes.

E neste momento crucial do País, é mais do que necessário o seu engajamento, irmão!

Sabemos que um Maçom pode ajudar muito na articulação, não apenas pelo exemplo, mas pela liderança e pela habilidade de comunicar.

É necessário, mais do que nunca, que procuremos o combate aberto à tirania que se instalou no Brasil. Estamos vivendo, neste momento no Brasil, um processo acelerado do que já vem acontecendo na Venezuela, Bolívia, Equador, Argentina e Chile: uma ditadura nos moldes cubanos, inspirada no comunismo soviético para escravizar nosso povo.

O respeito à soberania dos povos começa com a defesa da própria soberania. E é isto que a resistência civil está expressando em cada palavra, em cada gesto, em cada cartaz que ostenta.

Clama por instituições que “ainda” possuem seu crédito, respeito e confiança.

Em momentos históricos, os Maçons de toda parte foram chamados para auxiliar o Brasil, procurando fazer alguma coisa pela Liberdade, pela Igualdade e pela Fraternidade.

A nossa causa é muito simples: aplicar o esquadro e o compasso no Brasil, ou seja, transformar a nossa cultura por meio da retidão moral, representada pelo esquadro, e por meio da delimitação das leis, naturais, humanas e espirituais, delineadas pelo compasso.

Junto a esses instrumentos nos balizamos pelo Volume da Lei Sagrada, no qual, habitualmente, buscamos inspiração na união fraternal. Por último, temos de nos atentar à Constituição Federal de 1988 que, por mais imperfeita que seja, deve ser cumprida e não rasgada como está sendo, principalmente por quem deveria guardá-la. Nós Maçons, temos o DEVER de lutar por isso em nome da Liberdade, da defesa da Pátria e da Humanidade opondo-se a qualquer tipo de tirania.

É mais do que necessário que nossa fraternidade busque e exemplifique os sãos princípios da moral e da razão. Não podemos repetir o mantra de que “as instituições estão funcionando” quando, de fato, não estão plenamente. Não podemos espelhar o modelo dos poderes – instituídos inicialmente pelo povo – que desprezam o direito, aviltam a liberdade e perseguem o próprio povo.

Perseguições estas materializadas na figura de cidadãos comuns, parlamentares, jornalistas e órgãos de imprensa.

O grande Ruy Barbosa, faz a relação entre imprensa e liberdade que está gravada na introdução ao seu livro “A imprensa e o dever da Verdade”: “Imprensa e liberdade, jornalismo e consciência são termos de uma só equação. Onde a manifestação da consciência não for independente, não há jornalismo. Onde a imprensa existir, a independência no escrever é irrecusável”.

Faz-se obrigatório que renovemos os ideais de liberdade num cenário de governos autoritários dominando a América Latina. Simón Bolívar, membro de nossos quadros, hoje é usado como propaganda populista por ditadores comunistas. Nós sabemos que ele era, na verdade, um libertador, nunca um populista autoritário como esses que o utilizam como instrumento.

A população sente que vive numa falsa democracia, enxergando os poderes corrompidos e aparelhados, sem independência. É vital que retomemos o espírito cívico exigindo que a lei e a ordem sejam reestabelecidas para que de fato tenhamos a independência entre os poderes e a garantia fundamental da livre expressão do pensamento.

A situação atual é resultado da inoperância dos poderes e principalmente do ativismo judicial de muitos de seus membros que rasgam a Constituição Federal invadindo competências, subjugando lideranças e impondo agendas políticas. Isto é inaceitável segundo nossos princípios.

O momento é de decisão e os senhores, na qualidade de líderes dos Maçons no Brasil, precisam decidir se querem, de fato, seguir os princípios basilares da Ordem e agirem pelo exemplo, ou se irão apenas repetir, passivamente, o mantra de que “nossa democracia é forte” e “nossas instituições estão funcionando”.

Não esperemos que tomem a nossa casa, nossa vida, o nosso trabalho e a nossa liberdade, como já estão fazendo.

Como Maçons devemos estar atentos a tudo o que ocorre. Em cargos públicos, privados ou nas Forças Armadas, temos que agir, entender, coordenar e liderar muitas pessoas segundo nossos princípios.

Dentro de um complexo contexto geopolítico, urge que o Brasil recupere o status de país gigante, para deixar de ser apenas uma esquina na periferia mundial, dominado por interesses de outros países e por ditadores, totalitários e populistas.

Ser Maçom dentro de nossos Templos duas horas por semana é muito fácil. Qualquer profano minimamente inteligente o fará. O desafio está em ser Maçom fora dos Templos, durante os sete dias da semana e nas 24 horas de cada dia.

Vamos assegurar que nosso País seja soberano, uma pátria da qual nos orgulhemos no presente e onde nossos filhos e netos possam viver livres!

Um Tríplice e Fraternal Abraço,

INSTITUTO AVANÇA BRASIL

terça-feira, 21 de junho de 2022

São João e a Maçonaria


Padroeiros dos Maçons


As Lojas Maçônicas costumam comemorar as datas de 24 de Junho (São João Batista) e 27 de Dezembro (São João Evangelista), como padroeiros da Maçonaria.

As Lojas dos primeiros graus da Maçonaria são chamadas de “Loja de São João”, e deriva do título usado durante a Idade Média, pelas corporações de construtores, que formavam a Confraria de São João.

A festa de São João no dia 24 de Junho é marcada por “fogos e fogueiras” que, ainda são queimadas em muitas regiões, e o folclore é rico em tradições relacionadas com esta festa, principalmente no Brasil.

Na jurisdição de algumas Potências, em alguns rituais, o São João da Escócia. Isto veio a alterar o primordial sentido de São João na Maçonaria.

Este fato deve-se, talvez, à influência do nome dado a uma Loja de Marselha em 1751, pouco antes da revolução que passou a ser considerada Loja ‘Mater de Marselha’, após a canonização de um príncipe escocês, cavaleiro das cruzadas de Jerusalém, como São João Esmoler, conhecido como São João da Escócia.

São João da Escócia data de 1751. O Grande Oriente da França inspirou-se na Loja ‘Mater de Marselha’, provavelmente ao inserir nos seus rituais o São João da Escócia, como seu padroeiro.

Há vários nomes de São João dado às Lojas do mundo. Seguem algumas:

São João da Palestina, título dado a uma Loja, fundada em Paris no ano de 1780 pela Loja Mater da Escócia.

São João de Boston, denominação dada à Grande Loja Americana, no ano de 1733.

São João de Edimburgo, nome dado em 1736 à Grande Loja da Escócia, berço da Maçonaria moderna naquele país.

São João Batista, filho do sacerdote Zacarias e de Isabel, prima da Virgem Maria, foi chamado de “precursor” porque preparou os caminhos de Jesus.

Ele foi chamado de Batista, porque batizava no Jordão.

João, o precursor, pregava a renúncia e o arrependimento. A Ordem Maçônica desempenha também, num certo sentido, o papel de precursora e pode fazer-nos lembrar o combate espiritual de João Batista.

João, o precursor, era considerado um personagem perigoso para a época, pelas suas ideias de fraternidade e de justiça.

Herodes Antipas, irritado com as suas advertências por causa da sua união com Herodíades, sua sobrinha, e a mulher do seu irmão, lançou-o na prisão de Maquerunte para, mais tarde o mandar decapitar. Reverencia-se a sua degolação no dia 29 de Agosto.

Decapitação de João Batista


João Evangelista era filho do pescador Zebedeu e de Salomé, parente da mãe de Jesus, irmão mais novo de Tiago Maior.

Natural de Betsaida sobre o Lago de Genesaré. Exercia, na mocidade, a profissão de pescador. Foi discípulo de São João Batista e juntou-se ao Divino Mestre, juntamente com André.

São João Evangelista

Depois da ascensão do Senhor, João permaneceu em Jerusalém até a morte de Maria, pregando o cristianismo na Judeia e na Samaria; mais tarde, depois da morte de São Paulo, vivia em Éfeso, onde formou os seus discípulos, entre eles os bispos de Pápias, Inácio de Antioquia e Policarpo de Smirna.

Sob o império de Domiciano, foi desterrado para a Ilha de Patmos, de onde regressou para Éfeso durante o governo de Nerva, vindo a falecer no tempo de Trajano, com a idade de 100 anos aproximadamente.

Diz-se ainda, que os Templários celebravam as suas festas mais importantes no dia de São João, e que a Maçonaria nada mais fez do que perpetuar um costume da ordem dos Templários.

O amor fraterno é a luz que ilumina a Loja, e por isto, São João passou a ser considerado o Patrono da Maçonaria, evidentemente, sem o cunho vulgar que se imprimem aos santos, em busca de proteção vinda dos céus.

A Maçonaria foi bem inspirada ao dar este nome às suas Lojas, dado os múltiplos sentidos que lhe podem ser atribuídos.


Fonte: GORGS

quarta-feira, 17 de julho de 2019

Maçonaria Contra O Comunismo

Comunismo e maçonaria

Para os comunistas, sangue era a colheita que eles tinham de fazer. Não há compatibilidade entre ideologias violentas e os princípios maçônicos civilizatórios.Os princípios da maçonaria são incompatíveis com os princípios comunistas. Por isso mesmo os maçons foram perseguidos em todos os países com regimes comunistas, ou ao menos constrangidos a ponto de sequer poderem se reunir sem uma carta de autorização do governo, conforme ocorre em Cuba, para cada reunião realizada.
Para os comunistas, sangue era a colheita que eles tinham de fazer. Não há compatibilidade entre ideologias violentas e os princípios maçônicos civilizatórios.



Aposto que você, maçom brasileiro, não sabia disso. Isso porque o nosso ensino de história é precário e há pouco material sobre a perseguição de maçons por comunistas, já que essa perseguição teria sido bem sucedida em vários países que estavam atrás da cortina de ferro.
A cortina era cruel: censurava a perseguição de nossa ordem e impediu que, no ocidente, tivéssemos uma visão clara da incompatibilidade entre maçonaria e comunismo. Ainda que haja casos históricos disso, como os maçons alemães que fugiram do socialismo nazista, ou dos maçons do leste europeu que fugiram do socialismo comunista e vieram para cá, essa memória ficou diluída e muito do que se sabia sobre essa incompatibilidade se perdeu.


terça-feira, 16 de julho de 2019

Maçons o que esses homens faziam e fazem?

Maçons


Mas o que esses homens faziam – e ainda fazem – em suas reuniões? Basicamente, discutem o caminho que o planeta deve tomar. E o rumo proposto é o da Luz, como eles se referem ao pensamento racional.

A idéia é que se cada indivíduo refletir sobre suas atitudes e buscar sempre o caminho do bem e da perfeição, a sociedade vai caminhar naturalmente para o progresso.

É uma filosofia, uma maneira de encarar o mundo, que foi um bocado revolucionária ao surgir no século 18, época em que reis controlavam o corpo,  a Igreja e as mentes das pessoas.

Para debater idéias, maçons criaram uma série de regras e tradições – o historiador inglês Eric Hobsbawn diz que o período do surgimento da maçonaria especulativa foi especialmente rico no que ele chama de “invenção de tradições”, muito por causa das rápidas transformações que a sociedade vivia com mudanças nos costumes sociais e na divisão do poder.

Foi nessa mesma época que surgiriam outras organizações do tipo, como a Rosacruz e a Iluminati.

Fonte: https://super.abril.com.br/historia/maconaria-a-ordem/



sábado, 24 de novembro de 2018

HOMENS LIVRES E DE BONS COSTUMES dará suporte ao Governo Bolsonaro

Cresce o time de HOMENS LIVRES E DE BONS COSTUMES dará suporte ao Governo Bolsonaro. Não tem como o Brasil não ser um país justo e perfeito!!!


Da esquerda para a direita e de baixo para cima:

  • Cel. Marcos Pontes (Ministro da Tecnologia)
  • General Mourão (Vice-Presidente)
  • Major Olimpio (Senador/PSL)
  • Luiz Philippe de Orleans e Bragança (Deputado Federal/PSL)
  • General Pujol (Comandante geral do Exército)
  • Gustavo Bebianno (Secretaria Geral da Presidência)
  • Tenente Dr. Luiz Henrique Mandetta (Ministro da Saúde)

#AvançaBrasil

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

DIA DO MAÇOM BRASILEIRO



Neste dia 20 de agosto de 2018, queremos dar os Parabéns aos Homens preocupados em ser, em transcender, num preito à espiritualidade e a crença no que é bom e justo. 

Pregam o dever e o trabalho. 

Dedicam especial atenção à manutenção da família, ao bem estar da sociedade, à defesa da Pátria e o culto ao Grande Arquiteto do Universo.

Temos perfeita consciência de nosso papel social e da importante parcela de responsabilidade na missão de transformar o mundo, modificando e aprimorando as coisas que nos cercam.

Ser Maçom

Ser maçom é ser homem sem defeito
É ser fiel as cores da bandeira

Ser maçom é ter sempre sob o peito
Á pátria amada, nobre e sobranceira!

Ser maçom é ser reto e ser leal
Ser exemplo perante a sociedade

Ser maçom é ser exemplo de seu lar
Ser bom e praticar a caridade

Ser maçom é estar sempre de pé
Ser alerta alento aos perversos

Ser maçom é ter crença e ter fé
No Grande Arquiteto do Universo

Ser maçom é ser comunicativo,
É encarar a vida com alegria

Ser maçom é ser nobre, ser altivo;
Bom esposo e bom chefe de família

Ser maçom é ser pródigo nos conselhos
É ser grande vivendo na humildade

Ser maçom é viver sendo um espelho
Que reflete virtudes e bondade!

Ser maçom é sentir a dor alheia,
Da árvore da vida ser um galho

Ser maçom é viver como colméia,
Unida no amor e no trabalho!

Ser maçom é ser estudioso,
Nos misteres da loja ser profundo,

Ser maçom é ser calmo, ser bondoso;
E ser de fato um cidadão do mundo!




quarta-feira, 20 de setembro de 2017

A Revolução Farroupilha e a Maçonaria

A Revolução Farroupilha: Decênio de 1835 a 1845


Sem nenhuma dúvida, os fatos que determinaram a indicação da data do Dia do Maçom Nacional e da Independência do Brasil, comprovam que a Maçonaria sempre funcionou como uma oficina de formação intelectual, de tomar a defesa dos interesses sociais e, algumas vezes, a iniciativa de planos políticos. Portanto, as questões não resolvidas e que incomodam, são objeto de debate, interiormente, dentro do indefinido domínio do conhecimento, até se encontrar uma solução. Portanto, ainda que o assunto seja alvo de controvérsias, não se pode negar a participação da Maçonaria ou de Maçons na Revolução Farroupilha.

Foto: Guilherme Litran, Carga de cavalaria Farroupilha, acervo do Museu Júlio de Castilhos

Aliás, sobre a evidência revelada, veja-se o constante da obra traduzida pelo Irmão Marista Elvo Clemente:
O italiano Luigi Nascimbene, doutor em física matemática, engenheiro, arquiteto hidráulico, foi daqueles que aderiu ao movimento “Giovine Itália”, de Mazzini, com o qual se envolveu em uma conspiração Maçônica-Carbonária que, descoberta, por volta de 1830, obrigou-se a abandonar a península itálica1.
Ligado à Maçonaria – de vez que trouxe da Inglaterra uma carta de recomendação a Rivadavia {...} em Buenos Aires {...} passando a Montevidéu, cidade em que vivia o irmão médico, {...} se crê que a única visita feita por San Martin a Montevidéu haja sido para um encontro com Nascimbene, que se credenciaria, na ocasião, como o representante supremo da Maçonaria na América do Sul. Se assim efetivamente foi, é de se admitir que o empréstimo feito à República, ou as armas a ela fornecidas, tenha sido em representação da Maçonaria {...}2
Esses atos – somente do tempo em que mereceram publicidade em “O Povo”, convém frisar – estão contidos nos seguintes números do periódico: {...} n.º 21, p. 2: portaria ordenando à autoridades do Estado que prestem a Nascimbene a mais franca cooperação e auxílio “para bem desempenhar a comissão de que vai investido”, assim como ofícios aos comandantes gerais da polícia das Missões e de Alegrete, recomendando-lhes “auxiliem-no em tudo ao seu alcance, a bem do desempenho da  comissão de que vai incumbido pelo governo”; {...}3
Em uma obra de quatro volumes, com mapas e ilustrações, encontrada na biblioteca da Universidade de Pavia-It, escrita em italiano, em manuscrito, sob o título Tentativa de Independência do Estado do Rio Grande do Sul do Império do Brasil, segundo o Tradutor Irmão Elvo Clemente, existe narrativa por quem viveu muitos dos acontecimentos da Revolução Farroupilha. No prefácio do livro traduzido, consta que se trata da memória de alguém aparentemente “neutro” em relação aos conflitos que descreve. Desta obra extraímos o seguinte:
Luigi Nascimbene, em seu Livro III, Capítulo II, narra que à vista da cidade de Porto Alegre, mas na margem oposta do rio, a duas léguas mais abaixo surge o vasto estabelecimento de campo chamado de Pedras Brancas (atual cidade de Guaíba) Casa do benemérito patriota Gomes Jardim, {...} lá foram os conspiradores e no dia 15 de agosto fixaram o lugar e a hora da reunião4.
Ainda, sob o título “Ato assinado pelos conspiradores”, esclarece que: Produziram um manifesto, e assinaram: Bento Gonçalves da Silva, o Conde Lívio de Zambecari, José Gomes de Vasconcelos Jardim, José Carlos Pinto, Francisco Modesto Franco, Pedro Antunes, Manuel Macedo da Silveira. Apenas firmado, compareceu a passos lentos o Venerável Vicente Ferreira Leitão, quase octogenário, e com a mente e o corpo cansado pelo caminho, foi-lhe embrulhado e depositado debaixo daquela pedra colossal, que com a força rolou e caiu, repelindo aquele testemunho, e que lá se encontra ainda hoje (o negrito é nosso).
Ante a clareza da narrativa dos fatos, em particular, até mesmo pelo título atribuído ao octogenário, como autoridade máxima de uma Loja Maçônica, os Maçons estiveram presentes na ação heroica e, de alguma forma, contribuíram para os efeitos do referido movimento revolucionário.
Tal circunstância, autoriza, e, ao mesmo tempo, requer se relate que: em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, a 2.ª Loja Maçônica em antiguidade, é a “Fidelidade e Firmeza”, fundada em 1833, subordinada ao Grande Oriente do Passeio5, do senador Nicolau Vergueiro[6].
O mesmo historiador transcrito no rodapé, em nota, conta que, segundo os registros oficiais, a Maçonaria em Pelotas começou com a “Harmonia RioGrandense”, em 18417.
Logo, a história nos mostra que o surgimento das Lojas Maçônicas no Rio Grande do Sul inicia precisamente no período do levante. Por isso que é verdadeiro o assentamento feito por Antônio Augusto Fagundes sobre a agremiação de Maçons em oficinas de trabalhos denominadas Triângulos. Veja-se o registro:
Na Europa, muitos argentinos se iniciaram na Maçonaria. Entre eles José de San Martin e Carlos Alvear, que logo serão próceres importantes no sul da América. De regresso à Argentina, fundaram em Buenos Aires a Logia Lautaro que foi a madre de muitas Lojas Maçônicas do Prata. Em Porto Alegre se organizam Triângulos e Lojas sob o disfarce de Gabinetes de Leitura que se espalham também em Rio Pardo, Pelotas e Rio Grande. Bento Gonçalves da Silva e muitos liberais (e alguns conservadores também) eram Maçons e isso foi decisivo para o 20 de setembro – como aliás, foi decisivo também em muitos acontecimentos durante o Decênio Heroico e até na Paz de Ponche Verde. Claro, os Maçons trabalham em silêncio e seus documentos são secretos. Muitos desses documentos se perderam ou foram ocultados e pouco emerge de seu conteúdo {...}8.
Em síntese, os fatos conhecidos que se apresentam nos livros de história restringem-se aos antes expendidos, obviamente, em especificidade quanto a atuação dos Maçons e a formulação de conceitos acerca de terem se posto em concordância nas ideias da Revolução.
Entretanto, como a matéria envolve registro de acontecimentos que se efetivaram durante uma década, e que são de grandes dimensões, a respeito das principais causas da revolta e dos detalhes quanto: I) os antecedentes; II) a luta armada; III) as efemérides da grande revolução; IV) a proclamação da República Rio-grandense; V) os homens ilustres que a história indica para a “Galeria Farroupilha”; VI) os presidentes e ministros do período revolucionário; VII) as negociações; VIII) o Tratado de Ponche Verde; são temas, incluindo outros de escolha pessoal, que inspiram a sugerir se consulte as seguintes Obras:
·       FAGUNDES, Antônio Augusto. Revolução Farroupilha. Martins Livreiro Editora. 3.ª ed. Porto Alegre. 2008. FAGUNDES, Morivalde Calvet. Revelações da história da maçonaria gaúcha e demais Livros a respeito.
·       FLORES, Moacyr. A Revolução Farroupilha. Editora da Universidade, 1ª ed. Porto Alegre. 1990.
·       NASCIMBENE, Luigi. Tentativa de Independência do Estado do Rio Grande do Sul do Império do Brasil. Tradução de Irmão Elvo Clemente. Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas – CORAG. Porto Alegre. 2002.
·       SPALDING, Walter. A Revolução Farroupilha, Editora Universidade de Brasília. 3.ª ed. Brasília. 1982.
·       ZATTI, Carlos. Nas Restevas do Gauchismo. Departamento de Imprensa Oficial do Estado. Curitiba. 1994. E, resumidamente no site https: //pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_dos_Farrapos.
De qualquer maneira, evidente é a conclusão, quando a leitura é cuidadosa e refletida, que a presença e a disposição de espírito dos Maçons, perante a Revolução Farroupilha, não foi fundamental e nem decisiva, diante da complexidade das causas, das aspirações, e da realidade social no Rio Grande do Sul, tanto antes, quanto durante o Decênio Heroico, mas, a ilação firma definitivamente que influenciou no despertar do movimento, sob a correlação dos antigos ideais do “iluminismo” e na mais recente concepção filosófica, ou ideia, surgida à mente do sábio Rousseau, em seu “Contrato Social”, com a qual propôs que todos homens deviam ter a oportunidade de fazer a coisa certa. Assim, por sua liderança natural, supõe-se ser a razão de vários Maçons terem participado da mais duradoura revolta contra o Império do Brasil.
Por esse interessante motivo é que muitas Lojas Maçônicas reverenciam a memória dos Maçons gaúchos que cumpriram com essa importante missão, unidos pelo fraternal espírito de Liberdade, Igualdade e Humanidade, que se constitui no lema dos revolucionários de 1835, que, sob o Pavilhão Tricolor, composto das três faixas nas cores verde, vermelha e amarela, pretendiam criar um Brasil republicano e federativo.
Porto Alegre, 15 de setembro de 2.015.
Luiz Fachin
CIM. 178981
GOB/RS


[1] NASCIMBENE, Luigi. Tentativa de Independência do Estado do Rio Grande do Sul do Império do Brasil. Tradução de Irmão Elvo Clemente. Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas - CORAG. Porto Alegre. 2002. p. 7
[2] Ibid. p. 31.
[3] Id. p. 32.
[4] Id. p. 92.
[5] FAGUNDES, Morivalde Calvet. Rocha Negra – A Legendária, 1.ª ed. A Trolha, Londrina-Pr. 1989. p. 17.
[6] Ibid. p. 13.
[7] Id. p. 17.
[8] FAGUNDES, Antônio Augusto. Revolução Farroupilha. Martins Livreiro Editora. 3.ª ed. Porto Alegre. 2008

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Solenidade na Câmara Municipal de Campo Grande comemora o Dia do Maçom dia 30/08/17



Solenidade na quarta-feira (30/08/17) comemora o Dia do Maçom com homenagens

Os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande realizam nesta quarta-feira (30), às 19 horas, Sessão Solene em comemoração ao Dia do Maçom.
A data, comemorada oficialmente no dia 20 de agosto, foi instituída no município por meio da Lei n° 4.981/11, de autoria do vereador Prof. João Rocha.
De acordo com o presidente da Casa de Leis, vereador Prof. João Rocha, "é muito importante homenagear e honrar esta instituição e aos que neles se congregam a favor dos valores fundamentais da pessoa humana, da família e da sociedade e na construção do processo democrático do Brasil", disse.
O nome "Maçonaria" provém do françês maçonnerie ou do inglês masonry que significa "construção". Esta construção é feita pelo maçom em suas lojas (Lodges). Defende-se também que a palavra é mais antiga e tem origem na expressão copta Phree Messen, cujo significado é "filhos da luz".
Serviço - A solenidade será realizada no Plenário Oliva Enciso, na sede da Casa de leis, localizada na Avenida Ricardo Brandão, n° 1.600, bairro Jatiúka Park.

Confira a lista dos homenageados:
Ademir Santana - João Virgilio de Lara Medeiros e Gilberto do Nascimento Paim
André Salineiro - Danilo Pereira da Costa e Carlos Scardini Neto
Carlão - Cícero de Souza Gomes
Chiquinho Telles - Leonardo Pfeifer Macedo e Rodrigo Alves Schmidt
Delegado Wellington - Antonio Carlos Costa Mayer e Julio Cesar Padim de Azevedo
Dharleng Campos - Renato de Azevedo Pereira e Maurício Santos Bandeira
Dr. Lívio - Ricardo Gomes de Oliveira e Rinaldo Hakme Romano
Dr. Loester - José Carlos Peralta e Rogério de Matos Neves
Eduardo Romero - Marcelo Vieira dos Santos e Herbert Quaresma de Azevedo
Enfermeira Cida Amaral - José Luiz Mikimba Pereira e Marcus Vinicius Tedesco
Fritz - Birajar Sandim Bacargi e Claudemir Marques Caldeira
João César Mattogrosso - Daniel Castro Gomes da Costa e Alexandre Aguiar Bastos
Lucas de Lima - Evaldo Gonçalves e Ottão Pereira de Almeida
Odilon de Oliveira - Sérgio Luiz Gonçalves e João Manoel Andrade Coelho
Papy - Ariel Gomes de Oliveira e Ronaldo Graziuso Oliveira
Pr. Jeremias Flores - Paulo Nishida e André Stuart Santos
Prof. João Rocha - Nicomedes Gonçalves da Fonseca e Janir Gomes da Silva
Valdir Gomes - Milton Santolaia Miguel e Gerson Cavalcanti de Oliveira
Veterinário Francisco - Carlos Eduardo Damasceno Mubarack e Alcides Maffeezzolli
Vinicius Siqueira - José Cleones Cavalcante e Edson Gomes Barbosa
William Maksoud - Alexander Marco da Silva Velasquez e Cleiton Franco
Grande Oriente de Mato Grosso do Sul- (GOMS) - Álvaro da Silva Novaes e Gervásio Alves de Oliveira Junior
Grande Oriente do Brasil de Mato Grosso do Sul- (GOB) - Leocir dos Santos Viscovini e Celestino Laurindo Junior
Grande Loja Maçônica de MS (GL) - Luiz Thadeu Rodrigues Lopes e Ricardo Arruda de Souza

Câmara Municipal:
Omildson Régis Guimarães
Alfredo Pinto de Arruda 
Marcondes Moreira Souza 
Benedito do Espírito Santo Ribas 
Ed Carlos Brito Burgatt
Rodrigo Luchessi Cordeiro 
Rodney Dias Cordeiro
Egidio Vilani Comin 
Oswaldo Mochi Júnior 
Daniel do Carmo 
Cesar Luiz Galhardo 
Amilcar Silva Junior 
Hugo de Oliveira