sexta-feira, 6 de abril de 2018

#LulaPreso: O crime e o castigo

EDITORIAL

#LulaPreso: O crime e o castigo


Lula será preso por pouco mais de doze anos. Terá pelo menos meia década de vida na cadeia. O crime? Ter recebido vantagens de empreiteiros por meio de negociatas do governo público. Justo? Muito. Mas há muito mais crime na história da esquerda brasileira do que Lula jamais poderá representar.
Foram golpes tentados em 1935 e 1962. Tomadas do poder financiadas pelo dinheiro de assaltos a banco e outros crimes. Treinamento de cabeças do esquerdismo brasileiro na União Soviética não faltou. Atentados e crimes, justiçamentos e terrorismo, corrupção e crimes eleitorais. A esquerda vem acumulando crimes cada vez maiores. A associação ao banditismo de organizações como o Comando Vermelho desde a sua origem são provas claras: onde a esquerda toca, saem crimes.
Para a esquerda tudo pode ser relativizado. Se for em nome de uma revolução, vale tudo. E os revolucionários, representados por Lula, um sabido dedo-duro, diga-se, jamais foram todos punidos na devida forma. Muitos estão por aí, soltos, após tantos assaltos a banco, recebendo anistia e dinheiro do governo por isso. No Brasil, é claro, o crime compensou por muito tempo para esses indivíduos. Com esse dinheiro, financiaram o caviar e os demais crimes que cometeram.
O que talvez Lula não entenda hoje é que alguns brasileiros já compreenderam o jogo de longo prazo dos socialistas em nossa história. E que muitos colocam em Lula grande parte dessa culpa por ter sido o último grande líder. Responsável por crimes envolvendo empréstimo de dinheiros a outros países com governos ideologicamente solidários, Lula e Dilma facilitaram que o governo venezuelano pudesse ter recursos para maltratar a própria população.
O castigo de Lula, no fim, ainda é pouco diante dos demais crimes que cometeu ele mesmo. E menos ainda a considerar o crime do grande projeto totalitário esquerdista de que o Brasil cada vez mais se afasta. É nefasto. Maurício Macri teve grandes dificuldades para começar a melhorar a Argentina. Enquanto isso, outros países menores da América Latina que não seguiram ideologicamente a esquerda, estão muito melhores e com resultados econômicos muito mais expressivos. Esse talvez tenha sido o maior crime dos comunistas do século 21: destruir a economia onde tocam e acabar com a vida das pessoas. Esse editorial é sobre o crime e o castigo. E como o tamanho do crime ainda não pode ser resolvido apenas com a pena de Lula na cadeia.

#LulaPreso: o crime do fim da República Federativa

Quando Sérgio Cabral foi preso, muito se falou da figura dele e de sua proximidade com Lula. A verdade é que o Rio de Janeiro vem sendo uma filial de Brasília há muito tempo.
Desde que deixou de ser capital do país, muitos dos órgãos de governo que ficavam no Rio foram movidos para Brasília. E o Rio de Janeiro passou a ser a filial mais subserviente aos desmandos do governo central.
Cabral e Garotinho são exemplos claros desse período. Ambos têm penas a cumprir. Mas o que a esquerda brasileira fez com o país foi tentar adotar o modelo chinês, de que todas as províncias respondem ao governo central.
Esse modelo também foi o idealizado pela união soviética. Fracassou pela presença de estados que não concordavam com o modelo totalitário daquele regime. Mas no Brasil floresceu à base da corrupção.
Os aliados eram aliados de aluguel. Contratados para cometer crimes em parceria. Montar esquemas e armar maneiras de desviar o dinheiro público para o seu próprio bel-prazer. No fim das contas, ainda há muito o que fazer para de fato quebrar o mecanismo da corrupção brasileira. Não é só o Lula preso que vai resolver esse imbróglio.
Menos Brasília e mais Brasil é do que precisamos. Um governo central tão grande só pode ter acesso a mais poder e dinheiro com um plano de corrupção estimulado. A constituição de 88 garante serventia a esses elementos no poder, já que se torna uma corte da elite política, por ela indicada. A armadilha de 88 precisa ser resolvida para eliminar a possibilidade de termos criminosos eleitos com tanto poder sobre a vida de toda a nação. É preciso mais federalismo e menos socialismo centralizador.

#LulaPreso: Quem mais merece o castigo?

A lista é longa de envolvidos só no escândalo da Lava Jato. Ainda há muito trabalho dos investigadores e promotores pela frente para desvendar tudo. As provas e as delações precisam ser mais bem investigadas para determinar onde foi parar o que. Os partidos envolvidos devem ter multas a pagar, muito altas. E ainda há dinheiro a devolver, é claro. Alguns partidos podem até mesmo fechar. Seria justo diante da realidade que se desvendou desse nebuloso período da história brasileira.
No longo prazo, os esquerdistas do Brasil promoveram já sete golpes distintos: 1935, contra Getúlio Vargas, 1962 com João Goulart, 1998, na reeleição de FHC, 2002, na eleição de Lula, 2006, na reeleição de Lula, 2010 e 2014 com as eleições de Dilma. Em todos esses momentos houve possibilidade de fraude eleitoral, fraude nas urnas eletrônicas, gasto excessivo em propaganda, compra de congressistas e intensa atividade de engenharia social.
Tudo isso porque os esquerdistas sabiam que tinham de criar novas estratégias. Promover novas divisões, para criar novas lutas de novas classes. No fim das contas, muitos ainda merecem o castigo da prisão. Não apenas pelo crime de corrupção, mas pela vestal ideológica de que se despiram agora e que não poderão fazer mais nenhum brasileiro esquecer.
Existe corrupção por egoísmo e existe corrupção por ideologia. A mais perigosa, sem dúvida, é a última, pois é revolucionária e visa a uma perpetuação no poder e no status quo. Perpetuação é, no fim, tirania. E não há real democracia sem alternância no poder. E não termos alternância ideológica desde 1994 é algo que cada vez mais preocupa a nação. E continuará a preocupar, mesmo após a prisão de Lula. Um exemplo é o escândalo do BNDES.

#LulaPreso: quem garante que ficará preso?

Ninguém. Porque no Brasil ainda não há sequer segurança jurídica. A corte da elite de poder pode votar uma coisa hoje e discordar do próprio voto amanhã. A justiça vai assim se transformando num cassino, em que os escritórios de advocacia são bolsas de aposta para quem o crime vale a pena.
Enquanto não tivermos uma segurança de que as decisões judiciais devem ser mantidas, não haverá como o brasileiro acreditar no fim da corrupção. É preciso, portanto, eliminar a função da suprema corte como corte da elite política. Ela deve simplesmente guardar a constituição e nada mais. Para tanto precisa ter apenas juízes de carreira, e não advogados amigos dos políticos.
Não nos esqueçamos que a votação do habeas corpus de Lula foi 6 a 5, e não 10 a 0, como deveria ser numa república federativa de verdade. Estamos sob risco da exceção ainda e precisaremos continuar lutando pela nossa liberdade. Ainda há esquerdistas querendo censurar mídia e controlar a sua vida, transformando você na marionete deles. Não iremos aceitar que restrinjam a nossa liberdade por meio da injustiça, da corrupção, da ideologia e da pobreza.
Viva a liberdade, a justiça e a prosperidade!

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