Porque sou homem livre e de bons costumes, porque me subjuga o amor, porque
me absorve a beleza, porque me emociona a liberdade, porque vou atrás da
justiça e aspiro a felicidade da Humanidade.
E a satisfação de tão elevados ideais só se encontra no seio da F
ranço-Maçonaria.
A Franco-Maçonaria é a síntese da vida. Nada escapa a ela.
Para viver necessita a seiva do Progresso que recolhe das profundezas, que
vem de muito longe e que se manifesta na flor do pensamento, no desejo da ação, nas
entranhas do progresso, nas fulgurações do ideal, nas realizações do ideal.
Por isso é a única Instituição que pode e tem podido viver através dos
séculos, das paixões e das tragédias humanas.
Sua moral não é uma moral, é a de cada povo, a de cada tempo, de cada
civilização, de cada cultura.
Graças a isto não estamos ligados a uma época, nem a uma região, nem a uma
norma determinada.
Combatemos o mal, o mal como o entende a maioria de cada meio; nascemos do
bem como o bem se entende no momento e no núcleo em que se atua.
Por isso estamos sempre em atitude evolucionista e de seguir ascendendo por
meio de uma rotação constante que nos levará à perfeição.
Por isso nossa obra é renovação constante. Não temos o direito de nos deter
diante do tempo e do espaço. Por isso seremos eternos e por tudo nossa atitude tem sido e será de combate. Novos quixotes, somos cavaleiros andantes; nosso caminho é o mundo, quiçá do universo quando o universo for conhecido. Os que se sentam para enxugar o suor na metade o caminho, fatigados da empreita e da jornada, não são maçons, são como os que sucumbem em pleno movimento e desertam da batalha.
diante do tempo e do espaço. Por isso seremos eternos e por tudo nossa atitude tem sido e será de combate. Novos quixotes, somos cavaleiros andantes; nosso caminho é o mundo, quiçá do universo quando o universo for conhecido. Os que se sentam para enxugar o suor na metade o caminho, fatigados da empreita e da jornada, não são maçons, são como os que sucumbem em pleno movimento e desertam da batalha.
A Franco-Maconaria não é nem pode ser uma religião; se o fora, sua missão
estaria terminada e nós não estaríamos aqui; pelo contrário, é uma Revolução;
uma Revolução constante, vigorosa, enérgica: Revolução de ideias, despojada e
altruística. Rompe com todo o passado que se opõem ao porvir. Sua obra e seu
pensamento são do presente e do amanhã. As religiões não nos importam a não ser
pelo respeito que merecem sempre que estão isentas de fanatismo; dai nossa
tolerância que nos permite admitir em nosso seio todos os homens, qualquer que
seja sua crença.
O Grande Arquiteto do Universo, não é senão uma fórmula, quase um símbolo,
quase uma frase. Uma ideia para que cada um a aproveite na medida de sua
inteligência, de sua concepção deista ou puramente literária ou intuitiva; por
isso não O definimos. Tanto é assim, que o Grande Arquiteto do Universo pode
ser uma ideia, um princípio; para uns a Revolução; para outros a evolução; para
todos a encarnação do próprio pensamento de cada um, sem forma nem figura, sem
culto nem adoração, sem amor nem temor, sem esperança nem desilusão. É tão
somente uma ideia que cada um pode harmonizar com a sua própria; desintegrá-la
em seu materialismo ou enaltecê-la em sua espiritualidade; fortalecê-la para
confortar-se ou estimulá-la em uma fantasia que pode ser raio de luz, perfume,
poesia, grão ou nada.
No que indubitavelmente se constitui a Franco-Maçonaria, é em um
laboratório. De química, de física, de biologia, de astronomia. De moral de
virtude, de bondade? De tudo. Por isso dizemos que é a síntese da vida; uma
escola constante de ensinamentos investiga porque duvida; se agiganta no
combate porque sua missão é dispersar tudo o que se opõe ao progresso, desde a
ignorância até o fanatismo, desde a fraqueza até a inocência. Por isso é uma
fonte de caráter e de energia; de vitalidade e de renovação. Se assim não fosse
não seria Franco-Maçonaria.
É uma sociedade discreta e com segredos? Isto está claro! Mas a
Franco-Maçonaria não é só o conhecimento de símbolos, liturgias e de meios de
conhecimento. Isto só interessa aos maçons, não interessa à humanidade; o que a
esta preocupa é o aproveitamento, o rendimento em forma de verdade, em
felicidade, que proporcionamos com nossa atuação. O trabalho que desenvolvemos
se toma infecundo por falta de conhecimento da Franco-Maçonaria.
O que nós necessitamos é nos fazermos conhecer pelo bem que desenvolvemos,
o bem para a humanidade inteira; bem de liberdade, de cultura, de ensinamento,
de virtude, de sacrifício, de educação, de caráter, de energia, de saudável
fraternidade e bem estar social. Como? Integrando ao nosso meio os lutadores
pêlos altos ideais da humanidade; carne feita ação, pensamento, progresso. É o
resultado de quão nobre, generoso e grande pode encerrar a aspiração de um
homem. Braço, coração e cérebro. Altura do mais alto dos montes, como a
argamassa que une as rochas, pesquisa o futuro fortalecendo o presente. Em
suma, virtudes que não deixam morrer o fogo, sóis que dão luz e calor; energia,
irradiação constante e, ao final, a apoteose que ao abrir seu leque de luz como
uma sonhada fantasia de auroras, surja o homem imortal para a imortalidade de
sua sabedoria, da imaginação criadora, do caráter de uma apostólica bondade na
realização da felicidade do homem para o bem estar da humanidade.
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