terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Por que sou Franco Maçom?

Por que sou Franco Maçom?
Porque sou homem livre e de bons costumes, porque me subjuga o amor, porque me absorve a beleza, porque me emociona a liberdade, porque vou atrás da justiça e aspiro a felicidade da Humanidade.
E a satisfação de tão elevados ideais só se encontra no seio da F ranço-Maçonaria.
A Franco-Maçonaria é a síntese da vida. Nada escapa a ela.
Para viver necessita a seiva do Progresso que recolhe das profundezas, que vem de muito longe e que se manifesta na flor do pensamento, no desejo da ação, nas entranhas do progresso, nas fulgurações do ideal, nas realizações do ideal.
Por isso é a única Instituição que pode e tem podido viver através dos séculos, das paixões e das tragédias humanas.
Sua moral não é uma moral, é a de cada povo, a de cada tempo, de cada civilização, de cada cultura.
Graças a isto não estamos ligados a uma época, nem a uma região, nem a uma norma determinada.
Combatemos o mal, o mal como o entende a maioria de cada meio; nascemos do bem como o bem se entende no momento e no núcleo em que se atua.
Por isso estamos sempre em atitude evolucionista e de seguir ascendendo por meio de uma rotação constante que nos levará à perfeição.
Por isso nossa obra é renovação constante. Não temos o direito de nos deter
diante do tempo e do espaço.     Por isso seremos eternos e por tudo nossa atitude tem sido e será de combate. Novos quixotes, somos cavaleiros andantes; nosso caminho é o mundo, quiçá do universo quando o universo for conhecido. Os que se sentam para enxugar o suor na metade o caminho, fatigados da empreita e da jornada, não são maçons, são como os que sucumbem  em pleno movimento e desertam da batalha.
A Franco-Maconaria não é nem pode ser uma religião; se o fora, sua missão estaria terminada e nós não estaríamos aqui; pelo contrário, é uma Revolução; uma Revolução constante, vigorosa, enérgica: Revolução de ideias, despojada e altruística. Rompe com todo o passado que se opõem ao porvir. Sua obra e seu pensamento são do presente e do amanhã. As religiões não nos importam a não ser pelo respeito que merecem sempre que estão isentas de fanatismo; dai nossa tolerância que nos permite admitir em nosso seio todos os homens, qualquer que seja sua crença.
O Grande Arquiteto do Universo, não é senão uma fórmula, quase um símbolo, quase uma frase. Uma ideia para que cada um a aproveite na medida de sua inteligência, de sua concepção deista ou puramente literária ou intuitiva; por isso não O definimos. Tanto é assim, que o Grande Arquiteto do Universo pode ser uma ideia, um princípio; para uns a Revolução; para outros a evolução; para todos a encarnação do próprio pensamento de cada um, sem forma nem figura, sem culto nem adoração, sem amor nem temor, sem esperança nem desilusão. É tão somente uma ideia que cada um pode harmonizar com a sua própria; desintegrá-la em seu materialismo ou enaltecê-la em sua espiritualidade; fortalecê-la para confortar-se ou estimulá-la em uma fantasia que pode ser raio de luz, perfume, poesia, grão ou nada.
No que indubitavelmente se constitui a Franco-Maçonaria, é em um laboratório. De química, de física, de biologia, de astronomia. De moral de virtude, de bondade? De tudo. Por isso dizemos que é a síntese da vida; uma escola constante de ensinamentos investiga porque duvida; se agiganta no combate porque sua missão é dispersar tudo o que se opõe ao progresso, desde a ignorância até o fanatismo, desde a fraqueza até a inocência. Por isso é uma fonte de caráter e de energia; de vitalidade e de renovação. Se assim não fosse não seria Franco-Maçonaria.
É uma sociedade discreta e com segredos? Isto está claro! Mas a Franco-Maçonaria não é só o conhecimento de símbolos, liturgias e de meios de conhecimento. Isto só interessa aos maçons, não interessa à humanidade; o que a esta preocupa é o aproveitamento, o rendimento em forma de verdade, em felicidade, que proporcionamos com nossa atuação. O trabalho que desenvolvemos se toma infecundo por falta de conhecimento da Franco-Maçonaria.
O que nós necessitamos é nos fazermos conhecer pelo bem que desenvolvemos, o bem para a humanidade inteira; bem de liberdade, de cultura, de ensinamento, de virtude, de sacrifício, de educação, de caráter, de energia, de saudável fraternidade e bem estar social. Como? Integrando ao nosso meio os lutadores pêlos altos ideais da humanidade; carne feita ação, pensamento, progresso. É o resultado de quão nobre, generoso e grande pode encerrar a aspiração de um homem. Braço, coração e cérebro. Altura do mais alto dos montes, como a argamassa que une as rochas, pesquisa o futuro fortalecendo o presente. Em suma, virtudes que não deixam morrer o fogo, sóis que dão luz e calor; energia, irradiação constante e, ao final, a apoteose que ao abrir seu leque de luz como uma sonhada fantasia de auroras, surja o homem imortal para a imortalidade de sua sabedoria, da imaginação criadora, do caráter de uma apostólica bondade na realização da felicidade do homem para o bem estar da humanidade.


Tal deve ser ao nosso juízo, a obra e a suprema aspiração dos Franco-Macons.





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