quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Independência ou Morte e a Maçonaria

Independência ou Morte  


                “Ano a ano, em setembro, nós do Brasil, nos lembramos das lutas desenvolvidas por Maçons como Gonçalves Ledo, José Bonifácio de Andrada e Silva, que culminaram com a Independência de nossa Pátria, a sete de setembro de 1822”.

            Falar em 7 de setembro de 1822, é falar na Maçonaria, é falar no passado, é falar no desprendimento, na abnegação, no trabalho fecundo, silencioso, porem sempre altruístico de todos quanto no passado como no presente, tiveram e leem a ventura de pertencer a tão sublime e nobre instituição.

            A Maçonaria, cuja origem se encontra a um passado pré-histórico, surgiu com os primeiros anseios do homem, com seus primeiros ideais de Liberdade, com as suas primeiras reivindicações de consciência.

            Lutou sempre a Maçonaria por estes ideais, de viseira erguida, com desassombro, com desprendimento, com altivez.

            No Brasil, no final do século 18 em Minas Gerais, onde o sentimento de liberdade tomava vulto, já os sonhadores de uma Pátria livre cresciam, agitavam-se, espargindo a semente do desprendimento, do heroísmo, do sacrifício, fazendo crescer e fervilhar no íntimo de cada brasileiro a chama do progresso, o sentimento de Liberdade, o Idealismo de um Brasil maior, mais rico, mais desenvolvido, sobretudo mais Independente.

            E, a mocidade, que foi sempre em todos os países, em todas as causas justas, nobres e arrojadas, a vanguardeira indomável, a mocidade. Repito, coube um papel importante nos fatos históricos da nossa extremada Pátria.

            Estudando nas Universidades de Coimbra e de Montpelier viam-se jovens estudantes brasileiros ávidos de saber, plasmando seus caracteres nos turbilhões de um mundo sedento de liberdade, tendo exemplos edificantes nos fatos que então se desenrolavam, e tiveram alguns, anos depois, papeis transcendentes no nosso principal movimento históricos.

            Como não poderia deixar de ser, acompanhando de perto sentindo mais diretamente os acontecimentos, os jovens estudantes acalentavam, sonhavam poder um dia trabalhar pelo engrandecimento da Pátria, livrando-a da miséria que vivia, sendo tão rica.

            A ideia de seguirem o exemplo de outros povos faz com que os mais arrojados, os altivos, os mais desprendidos se unam para, com um só bloco, uma só cabeça, agirem no momento preciso.

            Já então pairava em todo o Brasil o espírito de revolta contra a prepotência, contra os desmandos, avolumando-se o desejo de emancipação a ideia de Independência.

            O Governo de metrópole fazendo-se surdo aos reclamos dos brasileiros, não compreendendo ou não querendo compreender, tomava medidas cada vez mais drásticas contra os que sonhavam com a Liberdade, por um Brasil maior.

            O sentimento de Independência avolumava-se cada vez mais.
            Inicialmente, em Minas Gerais, grandes números de homens notáveis de espíritos esclarecidos, de desprendimento incomensurável, associavam-se, reuniam-se para, com coragem, resolução e estoicismo, atirarem-se a luta.

            E três grandes homens, três poetas, três patriotas reuniram-se para levar avante seus sonhos de moços, seus ideais sacrossantos.
            Foram eles: Cláudio Manuel da Costa. Tomaz Antônio Gonzaga e Inácio José de Alvarenga Peixoto.

            A essa tríade de poetas, sonhadores, de homens de valor, aliou-se Barbara Heliodóra, esposa de Alvarenga Peixoto – Gloria e orgulho de mulher Brasileira.

            Aqueles vultos juntaram-se Dr. Domingos Vital Barbosa – Tem. Cel. Domingos de Abreu Vieira, os padres Manuel Rodrigues da Costa, José da Silva de Oliveira Rolim, Carlos Correia de Toledo e Melo. Cônego Luiz Vieira da Silva, Alferes de cavalaria Joaquim José da Silva Xavier o Tiradentes – figura central, homérica, altiva, máscula e singular.

            Posteriormente, pode a conspiração – graças aos trabalhos e habilidades de Tiradentes contar com o concurso do Cel. Francisco de Paula Freire de Andrade, chefe da força pública, em cuja residência foram modificados os anos do levante. Também conseguindo a participação do Dr. José Alves Maciel numa de suas viagens ao Rio de Janeiro.

            O Visconde de Barbacena, encarregado da Fazenda Real, fora à Minas com ordens de arrecadar todas as dívidas em atraso, e diante de sua atitude intempestiva, sua falta de habilidade, cada vez mais aumentava a revolta contra a Metrópole.

            Com o aumento da revolta crescia o número de adeptos à causa da liberdade sonhada por esta plêiade de heróis, que a Pátria guardará sempre como um farol, um marco inicial de brasilidade.

            Mas, como em todas as ocasiões, em todos os movimentos há sempre uma figura indigna, um ser desprezível, um traidor, em suma este apareceu e foi como bem sabemos Joaquim Silvério dos Reis de triste memória.

            Tiradentes, descoberta a revolta, procurou inocentar seus companheiros, assumindo inteiramente a responsabilidade de todas as tramas. O que aconteceu em seguida, a Tiradentes todos nós sabemos, aos demais conspiradores foram prolatadas sentenças que variavam de acordo com a vontade dos “Senhores Lobos Poderosos” de então.

            Nobres atitudes, Belos Desprendimentos, Heroicos Brasileiros.
            Há depois no Rio de Janeiro em 1794, outra Inconfidência, porém de maior importância, que mesmo assim levou à masmorra Silva Alvarenga, Maricá e outros.

            Poucos anos mais tarde, 1798 na Bahia, pouco conhecido movimento, a Inconfidência Baiana, encontrou adeptos que pagaram com a vida aos seus sonhos – os seus desejos de Liberdade, conforme se verifica pelas preciosas coleções de manuscritos originais existentes na Biblioteca Pública do Rio de Janeiro. Lendo este movimento sido idealizado e desenvolvido dentro da Loja Maçônica “Cavalheiros da Luz”.

            Assim surgiu o Areópago, as academias – “Oficinas”. “Universidades”, não eram mais que sociedades maçônicas, ou intimamente ligadas à Maçonaria.

            Com toda a perseguição, precisaríamos de no mínimo (uma) hora para descrever os movimentos em prol a Liberdade. A Maçonaria precisava levar avante a sua intenção e necessário se tornava procurar um ponto de apoio mais, pra a sua propaganda. Joaquim Gonçalves Ledo procurou e consegue levar José Bonifácio de Andrade e Silva para dentro da Maçonaria.

            Com a fundação da Loja “Comércio e Artes” cogitavam os Maçons fundar um Grande Oriente Maçom, o que conseguem em 28 de maio de 1822 numa assembleia presidida por Mendes Viana, sendo então seu primeiro Grão Mestre José Bonifácio de Andrade e Silva, 1º Vig\ Joaquim Gonçalves Ledo e Grande Orador o Cônego Januário da Cunha Barbosa.

            Os movimentos continuaram com estes na linha de frente.

            Destacados os emissários para serem os portadores dos despachos a “Sua Alteza Real” seguem rapidamente ao encontro de Dr. Pedro e, de conformidade com o que diz a história “as quatro e meia horas da tarde” do belíssimo sábado, de 07 de setembro encontram-no às margens do Ipiranga, fazendo-lhe entrega da correspondência.

            Lê o príncipe os despachos, inclusive carta de José Bonifácio.

            Sente-se que ele experimenta súbita e estranha emoção.

            Depois calmamente, entrega as cartas a seu ajudante, e diz a meia voz:

            “Tanto sacrifício feito por mim, e pelo Brasil inteiro e não cessam de cavar a nossa ruína”... E, num momento de alma.

            “É preciso acabar com isto”...

            Arranca a espada e grita:

            “Independência ou Morte”, como se gritasse ali para o Brasil Inteiro.

            A Maçonaria não é uma religião, é uma escola de moral. E, expressão elevada de moral, é o símbolo da pedra bruta, onde desbastamos as asperezas do nosso eu.

            Agir com prudência, vigiar-se a si próprio, jamais fraquejar, sempre dominar-se, nunca ser dominado, guardar intactas as convicções hauridas – no estudo, na observação, no livre exame de todas as questões, não é problema fácil mesmo dentro do relativo de nossa precária e acidentada existência.

            Partidária do livre exame, admitindo que as verdades de hoje sejam os erros de amanhã, que é necessário acompanhar a ascensão do progresso humano, sempre visando a crescente dignificação da personalidade humana pelo estudo e pelo trabalho, é a Maçonaria opositora de exclusivismo, adversária do despotismo, inimiga jurada das Tiranias.

            Hoje como ontem, amanhã como hoje, a Maçonaria trabalha sempre, sem desfalecimento, sem tristezas, por um Brasil mais forte, mais unido, mais coeso.

            O trabalho dos antigos Maçons foi imenso! Legaram-nos uma Pátria livre e independente e, hoje, com os olhos fitos no futuro, pedimos sempre ao G\A\D\U\, que nos guie e ilumine no sentindo de não desmerecermos do passado glorioso que nos foi legado e que nossos filhos possam orgulhar-se do legado que lhes deixarmos.

            No presente, como no passado, efetivamente assim foi o procedimento da Maçonaria tanto que lhe cabe a Glória de ter fundado a Nacionalidade de um dos maiores Países do Mundo. O nosso amado e glorioso Brasil.

            “Ano a ano, em setembro, nós do Brasil, somos Lembrados das lutas desenvolvidas por Maçons como Gonçalves Ledo, José Bonifácio, e que culminaram com a Independência de nossa Pátria a sete de Setembro de 1822”.


Por (Milo Bazaga - GLMMG – REAA)
           
            Bibliografia:
            A Maçonaria na Independência do Brasil, de Manuel Rodrigues Ferreira.
            A Maçonaria e a Independência do Brasil. A. Tenório D’Albuquerque.

            Manual do Mestre Maçom de M. Gomes - P\G\M\ - Editora Aurora.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Um ano sem Dilma!!!!

Um ano sem Dilma!!!!
Por: Alexandre Moroso


Eu nem lembrava mais da Dilma. Aliás, que bom né, afinal ninguém gosta de lembrar de coisas ruins. Um ano atrás o senado mandava para casa aquela que foi, sem dúvida, a pior presidente que o Brasil já teve. Pior em todos os sentidos. Pior em números, pior na economia, pior na política, pior, pior, pior. E foi pra casa porque incorreu em improbidades que lhe tiraram o mandato. Não, não houve golpe.
E como tudo dela era pior, não poderia também ter deixado pior sucessor. Sim, sim Petistas… não reclamem, quem deixou esse sucessor foram vocês. Quem escolheu o vice de Dilma foi ela mesma. Não?? Bom… eu que não fui…
Ao mesmo tempo que Temer faz um governo sob o ponto de vista econômico, muito melhor que o de Dilma, sob o ponto de vista político mostra que, não por nada, ele era o vice dela.
Mas nada deixa saudades? Pra falar bem a verdade, eu dava muita rizada com as baboseiras que ela falava. Era a “presidenta” ter a oportunidade de pegar em um microfone que vinha uma tonelada de piadas. O famoso “rir para não chorar”. Dentifrícios, estoque de vento, a “mosquita”, quatro pra treze dá sete, não vamos por uma meta mas quando atingir a meta a gente dobra a meta, saudando a mandioca, mulheres sapiens, engasguei comiga mesma, entronização, entre tantas outras homéricas gafes.  Meu Deus, ela era a presidente do Brasil!!!!!
Enquanto Dilma se foi, levando com ela o plano mais sórdido de poder que o Brasil já teve, Temer entrou e mostrou que a corrupção do PT era também do PMDB, do PSDB, do PP, de todos “Pes”.
Para mim, o melhor do impeachment de Dilma foi a ruptura política que ele provocou. A entrada de Temer, entendida pelo PT e seus aliados como golpe, desestabilizou os conchavos políticos que cozinhavam a corrupção em um grande panelão, mexido por todos juntos. Essa ruptura enfraqueceu estes partidos que durante muitos anos compactuaram das mesmas tramas para se manterem no poder e dele tirar todo o proveito possível, lícita e ilicitamente.
Que este ano sem Dilma nos leve a uma reflexão do quanto a política precisa da participação e da fiscalização popular para não chegar a estremos tão maléficos como os que temos provado nos últimos anos. Que este ano sem Dilma nos proponha uma renovação total na política e sirva como um chamamento ao povo para a vida política do Brasil.