segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Sócrates e a verdade brasileira



Sócrates e a verdade brasileira

Por André Ayres



O pensamento do filósofo grego Sócrates (469-399 A.C.) marca uma reviravolta na história humana. A preocupação de Sócrates era levar as pessoas, por meio do autoconhecimento, à sabedoria e à prática do bem.
O filósofo ateniense considerava sua missão “andar por aí nas ruas, praças e ginásios”, que eram as escolas atenienses.
Sócrates considerava muito importante o contato direto com os interlocutores.

Para Sócrates, ninguém adquire a capacidade de conduzir-se, e muito menos de conduzir os demais, se não possuir a capacidade de autodomínio. Depois dele, a noção de controle pessoal se transformou em um tema central da ética e da filosofia moral.

O que podemos destacar em Sócrates era sua capacidade de fazer as pessoas encontrarem a verdade pelo próprio raciocínio. Política que, de certa forma, o Avança Brasil se destaca.
Livre é o homem que não se deixa escravizar pelos apetites degenerados, preferindo seguir os princípios de moral e ética como educação de vida em beneficio de sua alma e dos que estão ao seu redor. Como sabemos, Sócrates preferiu tomar cicuta a fraudar a verdade que constrói. Como sabemos, todo homem tem suas responsabilidades, principalmente os que estão no campo politico. Estes devem a todo custo evitar se prostituir, como os que conspiram contra o equilíbrio social, desassossegando tantos inocentes.
Não há como transferir para outrem os deveres ou a moral que lhe diz respeito, pois fazer acordos escusos é abdicar do bem que se pode e deve realizar pela força do cargo que se ocupa.
Já, por outro lado, cabe aos eleitores a responsabilidade de fiscalizar e cobrar dos políticos as necessidades básicas para uma vida saudável.
Os políticos inverteram a ordem natural da política, ou seja, a de possibilitar a melhor administração aos recursos de sua nação de modo a beneficiar milhões que necessitam de uma política justa e perfeita.
A boa política pode beneficiar ações de tantas naturezas, mas é principalmente na educação, saúde e segurança que esta se faz mais necessária. Hoje o que observamos são partidos que encabrestam seus próprios políticos conforme seus escusos interesses.

Além disso, visam aumentar seu poder através de coligações que ambicionam mais e mais poder visando desvios de somas vergonhosas de dinheiro: “propinodutos”, esgotos endêmicos, sistêmicos e sindrômicos que correm a céu aberto sem o menor pudor.
Só há uma mentalidade: lesar aos cofres públicos e ao próprio povo de todas as formas possíveis, sem piedade.
Corruptores e corruptos que como cupins corroem no silêncio da noite todos os madeirames imprescindíveis que sustentam uma nação.
Desta forma, como efeito em cascata, todos são afetados, desde o varredor de rua ao corajoso empresário que hoje luta ferozmente para manter seu empreendimento de pé ainda que sob forte e injusta tributação com efeito de confisco.
Carregam assim, de certa forma, sobre os ombros, o reflexo de anos de má gerenciamento das politicas publicas.
O que se observa é uma simbiose nefasta entre os Poderes governamentais que destrói mais do que constrói, união “harmônica” cujo único interesse é o enriquecimento relâmpago através de falcatruas.
Tudo ainda promovido por salários indecorosos e mordomias que ultrapassam a lucidez do cidadão de bem. Enquanto isso, o povo morre lentamente sem forças até para pedir um copo d’água. Infelizmente, este Brasil sofrido vem sendo devorado por uma nuvem de gafanhotos, assim, morrendo paulatinamente sem dispor de melhores medidas pulverizadoras em seu socorro.

Carecemos de uma nova politica, como o Federalismo Pleno, que através de homens capazes pode multiplicar nossas riquezas de forma limpa e esclarecida.
O que observamos hoje é um povo desmotivado, sem condições até para gritar pelos seus direitos. De outro lado, observamos políticos desumanizados, fiéis apenas à prática incessante de exaurir as riquezas de sua nação. Estes entraram na categoria de semideuses, ou seja, podem fazer tudo, pois se escondem atrás da impunidade que muitas vezes a lei propicia.
Não raro encontram guarida no foro privilegiado que, a bem da verdade, moralmente, do mesmo não são dignos.
Foram eleitos para trabalhar para o povo e não em benefício próprio. Os recursos que recebem são para construção do bem comum. Quando a ordem natural é invertida, a insatisfação se instala e, seguramente, será o caminho para uma convulsão explosiva.
Hoje os políticos são vistos como pessoas de má reputação, pessoas sem caráter, municiados com canetas indecorosas, verdadeiros instrumentos criminosos que matam mais do que armas de fogo.
Quanto aos parlamentares honrados, é justo se espantar pela conivência pacífica de muitos, um silêncio inexplicável considerando que recebem por tabela os respingos desse infamante lamaçal de falta decoro.
Como sabemos, a porta da perdição é larga, e, no fim, a justiça se fará presente seja de um jeito ou de outro.
A estes venenosos escorpiões escapa os motivos que levaram Sócrates a preferir morrer pela sua verdade ao ter que negá-la, pois, para estes homens, a honra não é nada mais do que um devaneio, reminiscência de dias esquecidos, costume sepultado em um passado longínquo.

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